No alto do prédio em São Bento escondido
Tem um terraço que flerta com o infinito
Lá em cima os sonhos caem sem aviso
Uns pousam suaves, outros perdem o juízo
Joana vai toda noite com caderno e vinho
Pra colher os desejos que chegam de mansinho
Anota um pedido, devolve um temor
E guarda num bolso um pedaço de amor
Sonhos no telhado de Lisboa
Caem do céu como chuva boa
Quem acredita, pode subir
Mas quem tem pressa, não vai ouvir
Um dia caiu um sonho tão torto
Que virou canção no acorde meio morto
E desde então, quem canta lá em cima
Faz o Tejo sorrir na rima
Um dia caiu um sonho tão torto
Que virou canção no acorde meio morto
E desde então, quem canta lá em cima
Faz o Tejo sorrir na rima