Toda sexta, no Bonde vinte e cinco
Sobem três freiras, de hábito e brinco
Uma lê salmos, outra faz crochê
A terceira ri e vê o mundo em 3D
Vão até Estrela pra espiar o jardim
Dizem que a fé respira melhor ali
Mas na verdade, tomam chá com pastel
E falam de amores do convento ao céu
São as freiras do bonde encantado
Com rosário no bolso e pecado atrasado
Lisboa as leva, sem nunca julgar
Porque até os santos precisam rodar
Um dia sumiram, só sobrou o assento
E um terço brilhando com cheiro de vento
Desde então, quem senta ali com fé
Sente um riso divino subir o pé
Um dia sumiram, só sobrou o assento
E um terço brilhando com cheiro de vento
Desde então, quem senta ali com fé
Sente um riso divino subir o pé
São as freiras do bonde encantado
Com rosário no bolso e pecado atrasado
Lisboa as leva, sem nunca julgar
Porque até os santos precisam rodar
Um dia sumiram, só sobrou o assento
E um terço brilhando com cheiro de vento
Desde então, quem senta ali com fé
Sente um riso divino subir o pé
Um dia sumiram, só sobrou o assento
E um terço brilhando com cheiro de vento
Desde então, quem senta ali com fé
Sente um riso divino subir o pé